A estrela é dele


Alonso venceu em casa, com a sombra de Raikkonen e a companhia de Massa, mas Vettel segue como líder do mundial. Já a Mercedes…

A estrela sobe

Com três semanas de intervalo entre o GP do Bahrein e o final de semana de GP espanhol, as equipes trabalharam, os pilotos descansaram, mas a evolução não foi como se esperava. Mas o tempo passou, e passou muito para a Williams, por exemplo.

Se no ano passado haviam três equipes no fundo do pelotão, isso todo mundo se lembra. Com a saída da gloriosa HRT, ficaram duas, mas parece que mais uma equipe começa a se interessar pela vaga deixada no final do grid. Esta equipe, coincidentemente, é a mesma que há um ano atrás vencia exatamente o GP da Espanha pelas mãos de Pastor Maldonado. Isso mesmo, foi o próprio venezuelano e seu companheiro ValtteriBottas que se juntaram ao fundo do pelotão com a Caterham e a Marussia. Infelizmente, esta é uma triste realidade que não tem muitos indícios de melhoria, já que segundo o próprio Maldonado, a equipe não sabe o que está acontecendo.

Já na abertura do Q2, começou o drama da McLaren em tentar uma entrada para o Q3 sem muito sofrimento. E doeu para o time inglês. É que no Q2 tem a Sauber, a Toro Rosso e a Force India,também tentando fugir do meio do pelotão a todo custo, e muitas vezes elas conseguem, o que faz com que a McLaren e seu carro mal nascido brigue para diminuir a vergonha de não passar para a próxima etapa do treino oficial. Desta vez, a Sauber não deu trabalho e ficou com os dois piores tempos do Q2, e ainda viu Esteban Gutiérrez ser punido com três posições e ir parar no meio dos eliminados no Q1.

Adrian Sutil, que parecia ter voltado a Fórmula 1 com um ritmo surpreendente, ficou pelo caminho na briga direta com seu companheiro de equipe Paul Di Resta e também parou no Q2, na décima terceira posição. E a Toro Rosso foi a melhor equipe das que ficaram na segunda etapa do treino, com o décimo primeiro e décimo segundo tempo do grid. Então, como ficou a vida da McLaren?
Um décimo quarto lugar minguado do Jenson Button dava o tom de que algo não estava bem no time de Woking. Mas como explicar então o sexto tempo do companheiro Sergio Pérez até então e a vaga garantida do mexicano no Q3?

Bom, deixando um pouco de lado o caso da McLaren, o Q3 tinha os dois carros de Red Bull, Ferrari, Lotus e Mercedes, além da Force India de Di Resta e o próprio Pérez. As três primeiras equipes citadas vinham sendo dominantes na Espanha, até que a Mercedes resolveu mostrar a mesma força dos últimos GPs. Hamilton já tinha colocado mais de seis décimos sobre Vettel, tornando-se o favorito para a pole position, só que tem um cara que parece que aprendeu o caminho da pole.

Rosberg fez dobradinha com Hamilton para a primeira fila no treino classificatório, mas a corrida da equipe Mercedes foi muito diferente.

Vettel foi quem fechou a volta primeiro, mas acabou apenas com a terceira posição, logo a frente de Raikkonen, que sabia dos limites do seu Lotus e se deu por satisfeito. Alonso era quem mais queria esta pole position, mas conseguiu um quinto tempo a apenas um milésimo de Massa, que fechou a terceira fila. Isso porque, lá na frente, Hamilton bem que tentou, mas foi Rosberg quem ficou com a segunda pole seguida na temporada e fez, com Hamilton, uma dobradinha na primeira fila para a Mercedes depois de loooooongos 58 anos. Isso mesmo.

Grosjean, Webber, Pérez e Di Resta completaram as dez primeiras posições, só que os comissários entenderam que Felipe Massa atrapalhou a volta rápida de Webber e puniram o brasileiro com três posições no grid, colocando-o em nono. Um duro golpe para Felipe, mas parece que foi até bom.

Só que a alegria da dobradinha prateada se contrastava com a cautela que os próprios pilotos da Mercedes pregava, dizendo que a vitória era impossível, que os pneus não aguentariam muito, etc. A estrela começava a se apagar antes mesmo das luzes vermelhas.

A estrela desce

Alonso disse, logo após o final do treino oficial, que se preocupava mais comVettel e Raikkonen do que com a dupla da Mercedes para a corrida em casa. E tratou de mostrar a vontade de vencer diante de sua torcida logo que a largada foi liberada.

Um chega pra lá daqui, um esbarrão ali, travada de pneus, mas todo mundo saiu ileso na largada.

Rosberg ainda conseguiu se manter em primeiro, e com as manobras iniciais, acabou deixando Hamilton na mira de Vettel, que ultrapassou o inglês e já assumiu a segunda posição na primeira sequência de curvas. Mas Alonso fez duas ultrapassagens, uma sobre Raikkonen e outra sobre o próprio Hamilton, por fora, com um trabalho imenso, mas um resultado animador. Ele, Alonso, brigava também contra as estatísticas de que em mais de 95% das vezes, o vencedor do GP da Espanha partiu da primeira fila.

Felipe Massa, que também largou de forma muito boa, na abertura da segunda volta já era o sexto por direito, como havia conseguido no treino, minimizando o prejuízo. E a fila dos seis primeiros, de Rosberg a Massa, era separada por dois segundos apenas, todos limitados pela performance do alemão lá na frente.

Hamilton não conseguiu segurar Raikkonen nem Massa, e começou a ficar para trás, enquanto Grosjean teve uma quebra da suspensão traseira e já abandonou a prova logo no início. Massa para primeiro que Alonso, e quando os três primeiros resolvem ir para suas respectivas trocas, Alonso havia ganho a posição de Vettel e partia para cima de Rosberg na tentativa de assumir a ponta. E isso aconteceu na volta 12, quando o espanhol, também em uma manobra de ultrapassagem por fora da curva, levou os milhares de torcedores à loucura ao assumir a primeira posição.

E Rosberg, que resistiu bravamente nas primeiras voltas aos ataques de Vettel e depois de Alonso, foi ficando para trás assim como Hamilton, e perdeu posições para o compatriota e para Massa, que já aparecia bem na prova. Mais duas voltas foram necessárias para Raikkonen também passar por Rosberg. Enfim, as previsões prateadas de que o ouro era de tolo se concretizavam.

Enquanto algumas brigas aconteciam pela pista, surge um sinal de rádio de Van der Garde, da Caterham, para os boxes, avisando que o carro estava mais leve, mas um tanto difícil de guiar. A explicação foi a perda de uma roda traseira, ou seja, fácil de explicar e muito difícil de levar o carro até os boxes.

Raikkonen e a Lotus que não gasta pneus já estão a quatro pontos de Vettel no mundial de pilotos. Pelas beiradas o finlandês vai chegando.

E, se os calçados de Dona Mercedes estavam deixando a corrida do time alemão um pesadelo, Raikkonen (olha ele aí) já se aproximava de Vettel e nem precisou brigar pelo segundo lugar quando o piloto da Red Bull foi para os boxes. O finlandês vinha na toada de sempre, de desgastar pouco os pneus e fazer um pit-stop a menos.

E tínhamos algumas surpresas na prova. Uma delas era a recuperação de Button, que quase na metade da corrida tinha uma parada a menos que a maioria e aparecia na oitava posição, se recuperando um pouco do desastre da classificação. E o que dizer de Gutiérrez? Sexto na prova, depois de largar em décimo nono.

Festa em casa

Na parte final da prova, Raikkonen voltou de sua última parada para troca de pneus voando baixo, e agora teve que brigar com Vettel pela segunda posição. E foi uma briga boa, sem moleza de ambos, mas uma briga limpa. E, em uma prova sem acidentes na pista, aconteceu um nos boxes, quando o pessoal da Sauber liberou Hülkenberg para voltar para a pista na hora em que Vergné chegava no box da Toro Rosso, e o resultado foi um acidente de transito que causou prejuízo apenas para Hülkenberg.

Alonso e Massa entraram juntos para mais uma parada, e Raikkonen foi para a ponta. Estava claro que os carros vermelhos iriam parar ainda mais uma vez, assim como Raikkonen, e a corrida ia ficando entre os três. E Alonso ainda deu mais um momento de alegria a torcida espanhola quando alcançou Raikkonen e ultrapassou o finlandês para assumir a ponta novamente. Massa, em terceiro, era quem fazia a melhor volta da prova.

Era o espanhol abrindo de Raikkonen, que não teve um bom rendimento com aquele jogo de pneus, e Massa se aproximando, buscando uma dobradinha para a Ferrari e o primeiro pódio do brasileiro na temporada. Só que Raikkonen é constante e rápido, características que o fazem sempre um candidato à vitória. E ele queria isso, claro, e dava mostras que poderia, fazendo sua última parada e voltando para a pista tirando dois segundos para os carros da Ferrari.

Pela quarta e última vez, Alonso foi para os boxes para assegurar a vitória que cada vez mais se mostrava real. Seu último pit ainda o deixou em primeiro, a frente de Raikkonen, só que Massa passou mais um pouco de tempo na pista, o que poderia ser uma dica de que a Ferrari poderia colocar no carro número 4 os pneus médios, os mais macios do final de semana, para conquistar uma dobradinha até surpreendente. Mas não, a Ferrari optou em deixar Massa com os mesmos compostos duros para garantir o pódio, ainda que na terceira posição.

Faltavam apenas treze das sessenta e seis voltas e Alonso tinha mais de dez segundos para Raikkonen, este mais de dezesseis para Massa e o brasileiro mais de treze para Vettel.

A melancolia de Rosberg, que acreditava que um quarto lugar seria um bom resultado, foi simbolizada pelo duelo final com Di Resta pela sexta posição, vencido pelo alemão por menos de um segundo, uma verdadeira pedra sobre a estatística que mostrava que em dezessete das últimas vinte e duas vezes o vencedor do GP espanhol largou na pole position. Hamilton? A notícia que correu foi que ele completou a prova na décima segunda posição, pouco a frente de Sutil (que teve um superaquecimento de freio na sua primeira parada de box), de Maldonado, que largou lá atrás e foi punido com um drive through) e de Hülkenberg (aquele que bateu nos boxes, trocou o bico e ainda foi punido com um drive-through e dez segundos). Até Gutiérrez chegou em sua frente e ainda fez a melhor volta da prova. É, Nicole vai ter que ter paciência com Lewis nas próximas semanas.
Mark Webber se recuperou de uma largada desastrosa e foi discretamente subindo até cruzar na quinta posição. Jenson Button, com uma parada a menos que a maioria assim com Rosberg e Raikkonen, conseguiu um ótimo oitavo lugar pouco a frente de seu companheiro Pérez, que tomou mais uma lição do inglês. E Daniel Ricciardo fez também uma prova interessante, fechando os dez pilotos que pontuaram neste domingo.

Lá na frente, as posições foram mantidas até a chegada, e Fernando Alonso conseguiu a tão sonhada vitória no GP da Espanha. Já havia vencido em Valência, no ano passado, mas o GP era o da Europa. Com esta vitória, a 32ª da carreira, Alonso só está atrás de Schumacher, Prost e Senna em número de vitórias na Fórmula 1.

Raikkonen foi constante como sempre, e está a vinte e duas corridas na zona de pontuação, um verdadeiro feito. E Felipe Massa fez uma prova correta, com agressividade talvez despertada pela punição que ele considerou injusta. Apesar da mesma estratégia e dos vinte e seis segundos de desvantagem para Alonso, Massa está confiante e pode ajudar a Ferrari muito mais que no ano passado. E Vettel fez o suficiente para sair da Espanha ainda líder do mundial.

Caramba! Põe feijão na paella que o pessoal tá com fome e feliz da vida.

Palpitando…

O campeonato começa a se direcionar para o trio Vettel, Raikkonen e Alonso. Ainda é cedo, claro, mas já seria um cenário interessante de três pilotos talentosíssimos em três equipes diferentes.

Hamilton precisa de uma recuperação rápida, senão…

Button mostrou que com um carro ainda muito inferior a concorrência, tem uma constância que poderia fazê-lo o quarto postulante na luta pelo mundial.

Di Resta vai sutilmente superando seu companheiro de equipe.

Lauro Vizentim

Lauro Vizentim é Engenheiro Mecânico, trabalha há mais de duas décadas na indústria de automóveis. Gosta de criação, design e de... carros. Quando estes três gostos se juntam em uma corrida, tudo se completa. Acompanha a Fórmula 1 desde criança e colabora com o No Trânsito desde 2009.

10 Responses

  1. Vitor Gregório says:

    Creio que esta foi uma corrida muito interessante para pensarmos algumas questões colocadas com frequência pela imprensa especializada nas últimas semanas e meses. A primeira delas, relacionada com os pilotos. Concordo plenamente que o campeonato se encaminha para uma disputa entre Vettel, Alonso e Raikkonen, embora eu duvide um pouco do fôlego da Lotus para continuar brigando na frente do pelotão. A pausa de agosto será de fundamental importância para ela neste sentido. Quanto a alguns colunistas brasileiros que já cravam Alonso como favorito ao título, após a 5a corrida do ano… Nada a comentar. Apenas externo minha surpresa ante o desconhecimento destes com relação à história do automobilismo. Estou com Lauro e não abro: o título fica entre estes três ótimos pilotos, com alguns lampejos do também fantástico Hamilton todas as vezes em que seu Mercedes assim permitir.

    A segunda questão diz respeito à Mercedes. O problema que este time enfrenta com os pneus e com o equilíbrio do carro em condições de corrida é fantástico. Ontem durante a prova a brincadeira favorita entre minha esposa e eu foi sacanear Rosberg e Hamilton, rindo alto da quantidade de ultrapassagens que eles levaram ao longo das 66 voltas. Ferraris, Mclarens, Red Bulls, Lotus, Force Indias, Toro Rossos… Até Valterri Botas com sua sofrível Williams tirou uma casquinha de Hamilton. Eu já estava vendo o momento em que alguma Caterham ou alguma Marussia ia fechar a festa, imprimindo as manchetes de hoje com cores vivas. Uma situação que chama ainda mais a atenção porque se tratam de carros muito rápidos em condições de classificação, capazes de assustar até mesmo os mais experientes espectadores do circo. Será possível fazer com que um carro rápido para uma volta única ser rápido também em corrida? Seria o mesmo que fazer com que Usain Bolt se tornasse campeão de maratona… Mas a Mercedes precisa tentar. Porque, embora ela sempre mostre suas garras no sábado, a verdade é que no domingo até mesmo a Mclaren já está mostrando um ritmo bem mais consistente.

    Aliás, a Mclaren parece, em minha opinião, estar trabalhando bem em seu carro. Discordo que se trata de um carro mal nascido, apenas acho que Martin Whitmarsh cometeu mais um erro monstruoso ao optar por um modelo recém saído da prancheta para competir com carros que já possuem, em alguns casos, quatro anos de desenvolvimento (o RB9, por exemplo, é herdeiro direto do longínquo RB5, vencedor das primeiras provas pela equipe ainda em 2009; o carro da Ferrari é um desenvolvimento do modelo do ano passado, outro que, aliás, pagou um preço alto por ser um projeto novo entre modelos mais desenvolvidos). Este erro monstruoso de julgamento poderá se tornar, é verdade, uma verdadeira cartada de mestre caso o time esteja pensando em desenvolver este carro durante o calendário de 2013 para vê-lo brilhar com o novo Mercedes V6 em 2014. Mas, sinceramente, não vejo sequer condições técnicas para isso. A Mclaren deve sofrer este ano. Talvez vença uma ou duas corridas ao fim do campeonato. O que sem dúvida será muito pouco para eles e para mim, que apostei em Button campeão no bolão do Lauro. Outro erro monstruoso, reconheço…

    Finalmente, penso que o GP da Espanha colocou alguma lenha na fogueira de uma discussão que está bastante acesa nas últimas semanas, de um modo péssimo para quem defende o atual regulamento do campeonato. Mesmo com o DRS e com quatro (!!!!) paradas nos boxes para trocas de pneus, tivemos uma corrida monótona. Sem grandes ultrapassagens nas primeiras posições, com vários pilotos mais preocupados em poupar pneus do que em dar o seu melhor (caso do Vettel, por exemplo) e com um Raikkonen pilotando uma Lotus que, mesmo sendo capaz de gastar muito menos pneus que seus concorrentes, ainda assim esteve longe da briga pela vitória. Realmente acho e continuo defendendo que a FIA passou do ponto. Adote-se o DRS ou pneus feitos com borracha de apagar lápis no caderno da pré-escola, os dois juntos não dá! Tudo bem que em todas as épocas do automobilismo todos os pilotos foram sempre obrigados a poupar seus pneus, e que isso também faz parte do trabalho e da capacidade de um piloto de ponta. Quantas vezes Alan Prost venceu corridas assim? E Fangio, que dizia que fazia o impossível para vencer correndo o mais lentamente possível? Não discuto isso. O que questiono é o fato de os pilotos terem que se preocupar a corrida toda em poupar pneus. O rádio de Vettel já o alertava sobre os compostos no final da 3a volta!!!! Aí já é demais! Poupar pneus é uma necessidade, claro, mas rodar rápido também! E isso também é espetáculo! O GP da Espanha provou que não são somente estes aspectos que fazem uma corrida excitante. O traçado do circuito é fundamental (e não há Gavião Bueno que me convença que aquele circuito horrível de Abu Dhabi é interessante, por exemplo!), a habilidade dos pilotos, a qualidade das máquinas… Tudo isso é muito mais importante!

    Queremos um campeonato mais interessante e disputado? Comecemos por garantir condições mais igualitárias de trabalho para todos os times. Em termos financeiros, principalmente. Não há como ter competitividade em uma categoria na qual Ferrari e Red Bull gastam mais de quinze vezes o orçamento anual de Marussia e Caterham. É impossível! Reduzam-se os custos drasticamente. Só assim teremos um espetáculo mais interessante. Qualquer outra medida adotada será apenas paliativa, e passará longe de nos oferecer a emoção e a adrenalina que todo bom amante do automobilismo tanto aprecia.

    E pensar que em 2014 além de pensar em poupar pneus e abrir asas nos momentos certos do circuito, pilotos e equipes ainda terão de se preocupar com o consumo de combustível, outro gargalo de desempenho no calendário já aprovado por todos. É muito rádio, muito botão, muita matemática na cabeça de quem só deveria se preocupar em ser rápido! Confesso que temo pelo espetáculo… Não pelo espetáculo apreciado por quem assiste Fórmula 1 como quem acompanha uma partida de futebol da segunda divisão do campeonato inglês. Mas sim pelo espetáculo que ameaça ser menos interessante para aqueles que realmente entendem e amam o automobilismo. Afinal ligamos a televisão de madrugada ou de manhã cedo para ver uma corrida, e não um desfile de carros coloridos vestidos com pneus de cetim e com combustível suficiente para meia dúzia de voltas. Amamos o automobilismo, e queremos ser correspondidos por ele! Parece cada vez mais que na ânsia por conseguir novos “fãs”, os responsáveis do circo estão se esquecendo daqueles que os fizeram chegar onde estão…

    • Vitor,

      Outra aula de comentário de sua parte. E eu, como função e com paixão, vou “pitacar” um pouco:

      – Dos três pré-candidatos ao cargo de campeão do ano, acho que Alonso leva ligeira vantagem, hoje, em relação aos outros. Se não fosse a saída prematura da prova da Malásia, talvez já estivesse na frente do campeonato. A Red Bull está um milímetro atrás em competitividade, e Massa é, no momento, mais decisivo que Webber. Raikkonen, se vencer, vai se tocar só uma semana depois, e a questão da Lotus e seu cofrinho é fundamental para que o champanhe continue sendo aberto;

      – A Mercedes é rápida, mas quando eles acertarem a mão na suspensão, sem dúvida, o carro vai ficar pouco mais lento. Ou seja, se a solução demorar para aparecer, 2014 passa a ser o foco;

      – A McLaren optou por um carro “de um ano”, ou seja, se der certo bem, senão, foco em 2014 e com o esperado Honda turbo empurrando (fiquem atentos). Eu aposatava em Button este ano, parece que errei de longe;

      – Na questão pneu + KERS + asa móvel, eu ficaria com a seguinte combinação: pneu desde que não monomarca + asa móvel. A asa realmente contribui para ultrapassagens com o absurdo poder dos freios de hoje, e cada estratégia seria desenvolvida de acordo com o fabricante. Mais disputa, mais estratégias, mas sem tornar a corrida mais chata. E corrida de carros deixou de coroar o piloto mais veloz há tempos;

      – Pobreza e riqueza vão continuar existindo. O que tem que existir é o piso e o teto bem definidos de acordo com o sindicato (FIA);

      – Minha esposa não assiste comigo, qual é o segredo de, além da companhia, também ter diversão?

      Um grande abraço!!

  2. Glauco de F. Pereira says:

    Hamilton, na verdade, não precisa de recuperação…Precisa de conciliar o desgaste absurdo de pneus com a durabilidade. Enquanto a Mercedes não encontrar a solução para esta equação, somente em condições muitíssimas especiais poderá pensar em um resultado melhor!

    Dentre os três digamos, “favoritos”, sou mais Alonso, a continuar no mesmo ritmo demonstrado até agora. A Red Bull não se mostra mais o carro imbatível de anos passados e o clima não muito amistoso dentro da equipe descarta qualquer espécie de ajuda por parte de Mark Webber a Sebastian Vettel.

    Mas o que pode surpreender seria Raikkonen, com sua regularidade de sempre pontuar em todas as etapas!

    • Olá Glauco!

      Apenas na questão da recuperação de Hamilton, digo isso me referindo a necessidade de um bom resultado e não especificamente a algum problema da cabeça dele, apesar de que se o primeiro não vier, o segundo acontece fácil.

      Um abraço!

  3. Victor Ferraz says:

    Que belo quebra-cabeças é a formula 1… Numa corrida vemos Vettel disparar na frente, inalcançável, estilo 2011… Semanas depois vemos isso acontecer com Alonso, enquanto Vettel se esforça pelo 4o lugar… Longe de mim entender as complexidades mecânicas/aerodinâmicas que geram esses resultados tão diferentes dependendo do circuito, mas uma coisa é certa: tem um cara que, de uma forma ou outra, está sempre ali. O nome dele é Kimi Raikkonen…
    Enquanto a Ferrari e a Red Bull iniciaram o ano trabalhando como loucas para ajudar seus carros rápidos a consumir menos pneu, a Lotus vive o oposto. Acho que se a Lotus conseguir um pouco mais de velocidade sem prejudicar seu ótimo consumo de borracha, a decisão no final do ano realmente será dramática entre 3 pilotos, estilo 2007… E não preciso lembrar quem levou a melhor naquele ano.

    Mais uma vez Alonso teve a oportunidade de mostrar por quê é considerado o melhor piloto da atualidade. Só lembro do Rubinho falando “é… agora o Alonso fez uma manobra de gente grande aí, viu…” enquanto o espanhol fazia aquela ultrapassagem por fora.
    Dentre outras observações, já notei que, para Fernando, a primeira volta é a que importa. Claramente ele considera a primeira volta a mais importante da corrida, sempre atacando “que nem um louco” quem estiver à sua frente. Só na largada ele geralmente usa todo o seu KERS…
    Numa última análise, acredito bastante que, se o Massa não tivesse recebido aquela punição, teria completado a dobradinha da Ferrari, constatando a evolução recente da equipe. Porém, como já disse, a situação muda de corrida pra corrida…

    Agora, alguém precisa se tocar que esses pneus estão com sérios problemas, né?! Além deles simplesmente estourarem no carro do Massa na corrida passada, agora eles se desfazem completamente no carro de outros pilotos… Tá na cara que tem coisa errada…

    P.S: Eu não gostaria de me colocar no lugar de Rosberg nesses momento… Largar em primeiro e ver todo mundo te passando (de novo) deve ser, no mínimo, deprimente!

    • Victor, tudo bem?

      Olha só que coisa interessante que você disse: Alonso decide a sorte da corrida na primeira volta.
      Até há algum tempo atrás, diziam que as corridas eram longas, que não precisava agir assim, arriscar tanto, etc.
      Na Espanha deu certo, na Malásia saiu da pista porque quebrou o bico.
      Vamos ver onde ele vai chegar com este arrojo todo que lhe é peculiar, sem dúvida.

      Um abraço.

  4. Rene Arnoux says:

    Vamos Alonso, ainda acredito que este ano vai ser “Rojo”……Poderia ser melhor a temporada se as Mclarens estivessem na disputa mas parece que esta vai ficar no segundo pelotao……diretamente da Riviera Maia…Mexico…..ahaaaaiiiiiii…..Obs. KD o resultado do RODAO……abs

  5. Rene Arnoux says:

    Caro Lauro “Mansell”, no hotel e nos lugares que passeio só encontro com Norte Americanos (EUA/Canada) dentre outros deste mundao afora, os Mexicanos por aqui perguntam muito sobre futebol e nao fizram nenhuma mencao sobre F1. Abs……..Ahaiiiiii

  6. Cristiano Mazeto says:

    Acho que na atualidade Alonso e o piloto mais completo.

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