In verso

Quente como sempre, mas só que desta vez mais dentro do que fora da pista,
O GP da Malásia viu Alonso ir embora sem deixar cartão de visita,
Vettel desobedeceu ordens para poder vencer, travessura permitida,
Mas na Mercedes não teve isso, Hamilton em terceiro chegou, e acalmou Rosberg com uma ultrapassagem prometida.

Aos olhos dos chineses, o asturiano voltou a vencer e a se mostrar forte,
Kimi fazia da regularidade o seu norte, mas iria precisar de muita sorte,
Da turma do meio, começaram os destaques para Ricciardo e Hülkenberg, meninos de porte,
Enquanto Gutiérrez era um estreante atabalhoado, e Sutil já até queria jurá-lo de morte.

Webber, que quebrou na corrida anterior, 200 GPs na carreira completou,
Só que seu companheiro foi quem, assim como o sol do Bahrein, quem mais no deserto brilhou.
O time prata alemão bem que com Rosberg tentou, para a pole até voou,
Button e Pérez se pegaram, o inglês ficou bem irado, e a Ferrari… decepcionou.

Terra das touradas, a Espanha confirmou a velocidade da Mercedes nos treinos.
E o carro flutuante da Lotus? Chegava ao final da prova com os pneus inteiros!
Até Massa conseguiu um pódio, chegou em terceiro,
E Kimi, segundo de novo, escoltou a segunda vitória do toureiro!

A realeza passa de pai para filho, e foi esse exemplo que seguiu a família Rosberg
Assim como o pai, venceu no principado com ar de expert
Massa bateu no treino e na corrida, com força e no mesmo lugar, sob o olhar do Principe Albert,
Force India tinha sobras e aparecia na frente da McLaren, ainda um tanto inerte.

Aterrissaram no Canadá sob chuva, do céu e do paddock, Mercedes e Pirelli eram os alvos.
Bons treinos do finlandês Bottas, mas na corrida deu Vettel e Alonso, com Hamilton colado.
Felicidade pela regularidade de Raikkonen que lhe garantiu o recorde de Schumacher igualado,
O contraste veio com o luto que reapareceu pela morte de um fiscal, acidentalmente atropelado.

Webber esperou a Inglaterra para dizer que no final do ano estaria aposentado
Mesmo assim, o assunto do final de semana vinha da borracharia, com um festival de pneus furados.
Deu Rosberg de novo, a menos de um segundo de Webber, pois Vettel teve o cambio quebrado.
Hülkenberg entre os dez, e o cockpit da Red Bull apontava para Ricciardo.

Assim como Alonso, Vettel venceu na sua corrida em casa, na Alemanha.
Ainda sob a tensão criada pelos pneus em solo inglês, a Lotus continuava flutuando, na manha
Raikkonen constante e Grosjean maduro, somando muitos pontos na campanha
E o susto da Marussia, descendo a ribanceira de ré e sem piloto? Coisa mais estranha!

No leste europeu, a estrela de Hamilton brilhou mais que nunca.
A boataria tomou conta e pôs Massa fora da Ferrari, rádio-paddock na escuta.
Pista estreita, distância entre os carros muito curta.
Vettel e Raikkonen no pódio, e parecia que o campeonato seria decidido por esta dupla.

Férias sempre é bom, mas para um deles fez bem toda vida.
Não foi pro Hamilton, apesar de mais uma pole, a quarta seguida.
Também não foi pro Ricciardo, que já era dado como barbada na primeira escuderia.
Sebastian Vettel, aqui, começou uma série jamais vista.

A novidade na Itália era a tal da câmera térmica, que mostrava os pneus como lenha no forno.
Nada mais adequado para a terra da pizza, onde surgia um boato, ainda morno,
De que o homem de gelo iria para Maranello de novo.
Vettel cruzou em primeiro sob vaias dos tiffosi que aplaudiram mais o segundo lugar de Alonso.

De dia ou de noite ninguém segurava o tricampeão.
Que com tanta facilidade como foi em Cingapura, parecia que tinha até controle de tração.
Seus adversários ainda tentavam, na base da superação.
Sem sucesso, foi Webber de carona com Alonso ao final da prova o que mais chamou atenção.

Na Coréia deu pra sentir que o tetra era questão de tempo, se bem que a corrida teve alguns bons momentos.
Rosberg esmerilhando sobre Hamilton, safety-car que não era safety-car, Webber com incêndio.
Raikkonen já tinha em Grosjean um tormento, mas a queixa mesmo era o atraso no pagamento.
E Hülkenberg, mesmo com falta de um carro competitivo, de novo, mostrou todo seu talento.

Noticia triste foi a morte de Maria, antes dos treinos do GP em Suzuka, e clima pesado.
Poucos metros depois da largada, Grosjean liderava e Hamilton já estava avariado.
Parecia que o francês iria ter seu dia de glória tão esperado,
Mas que nada, deu Vettel de novo, continuando seu reinado.

Sem tradição, a India era o palco escolhido para o tetra caso prosseguisse o domínio.
Grosjean nos treinos foi mal, mas se redimiu com mais um pódio no domingo.
Rosberg fez boa prova, Massa também fez, mas como não se render a este menino?
Com zerinhos e de joelho ao reverenciar a máquina, levou o quarto título seguido.

Clima de férias, mas ainda com recordes de décadas em jogo.
Lá foi Vettel para mais um triunfo, só que a pole foi de Webber, sua última, quase como consolo.
Kimi nem andou, parecia boicote, e Alonso até se feriu com a pancada no assoalho.
Rosberg foi o melhor do resto, atrás da dobradinha da equipe do touro indomável.

No velho oeste americano teve homenagem em tudo que foi capacete.
Bottas fechou nos pontos, Hamilton andou bem novamente, até o segundo, Grosjean, estava contente.
Doze vitórias já contabilizadas no ano, oito delas seguidas, ninguém a sua frente,
E o recorde de nove consecutivas já era eminente.