Epílogo Épico


Teve de tudo no GP do Brasil, um dos mais emocionantes de todos os tempos, e que garantiu a Sebastian Vettel o tricampeonato mundial.

O clima

Clima de decisão, de despedidas, de mudanças. Mas nenhum destes climas parecia ser mais importante do que o clima que a meteorologia previa para o final de semana. Todo o circo da Fórmula 1 olhando para o céu e tentando adivinhar o que a São Paulo da garoa reservava para treinos e corrida. E como todo clima tem temperatura, os treinos começaram muito quentes porque o sol castigou o autódromo na sexta-feira, dando a impressão que a chuva, que era dada como certa para o treino oficial e para a corrida, nem iria aparecer.

No clima das despedidas, a mais importante delas era, de novo, a aposentadoria de Michael Schumacher, como aconteceu em 2006. Desta vez, no entanto, sem o mesmo tom de seis anos atrás, sem os mesmos resultados, mas isso a gente aprofunda em uma coluna dedicada exclusivamente a ele nas próximas semanas. A outra despedida importante era a de Lewis Hamilton de sua equipe McLaren, sua segunda casa, deixando para trás toda uma história vencedora e de cumplicidade, mas, também pela importância, merece outro capítulo a parte. Nico Hülkenberg fazia a última corrida pela Force India, assim como Sergio Pérez virava a página da Sauber. Seu companheiro Kamui Kobayashi poderia estar fazendo a sua última corrida na categoria, assim como Bruno Senna, Vitaly Petrov, Heikki Kavalainen, Pedro de La Rosa, Nahrain Kartykheian, e até a equipe HRT, colocada a venda há algumas semanas. E ainda tinha uma decisão de campeonato, que daria ao mundo o mais jovem tricampeão mundial da categoria.

Sem perder o embalo da corrida de Austin, Lewis Hamilton dominou o treino sob sol da sexta-feira e Jenson Button também mostrava a força da McLaren. Vettel e Webber mais discretos e Alonso e Massa mais atrás davam o tom do que se realizaria no sábado a tarde. A meteorologia acertou que a chuva viria para o treino oficial, mas ela veio um pouco antes, deixando a pista molhada em alguns pontos no início do Q1. A solução foi, como eu já disse em outra coluna, deixar as tartaruguinhas encontrarem a água, ou seja, aguardar que as equipes pequenas andassem e formassem o trilho para a passagem dos carros mais velozes. E assim foi feito, com gente escorregando muito, principalmente na curva da Junção, que levava a reta dos boxes.

Depois de um período de calmaria, Romain Grosjean resolveu dar o ar da graça de novo, só que agora no treino. Com um carro para ir para o Q3, Grosjean resolveu ultrapassar a HRT de De La Rosa na subida dos boxes e colocou o carro na tangência do espanhol, que não esperava e não viu. O toque foi inevitável, e Grosjean acabou perdendo o bico da Lotus, perdendo tempo para arrumar o carro e mesmo voltando a pista, ficou com a turma do fundão e não passou para o Q2.

No Q2, já com a pista mais seca, a Red Bull era muito mais forte que a Ferrari, mas a McLaren de Hamilton ditava o ritmo. Toro Rosso de Vérgne e Ricciardo, Sauber de Kobayashi e Pérez, mais Di Resta, Bruno Senna e o aposentado Schumacher ficaram pelo caminho, mas a Ferrari acendeu o sinal vermelho porque ficou com as duas últimas vagas para o Q3 e quase, quase ficaram de fora da luta pela pole position. E Alonso parecia ter um acerto diferente, pensando na chuva que tinha mais de 90% de chance de cair no domingo, e sacrificando a sua posição no grid. E aí vieram os temporais, os da McLaren.

Hamilton e Button tomaram a primeira fila, com sobras. Webber foi melhor que Vettel, que admitiu ter errado, e fecharam a segunda fila. Massa, assim como Webber, foi melhor que Alonso e ficou em quinto, só que entre os dois carros da Ferrari estavam Maldonado e Hülkenberg, surpreendendo e querendo fazer bonito na última etapa. Raikkonen e Rosberg fecharam a quinta fila.

Imediatamente, com Massa na frente de Alonso, todos pensaram que a Ferrari poderia mais uma vez mexer no carro do brasileiro e puni-lo dentro do que o regulamento permite para que Alonso ganhasse mais uma posição. A negativa foi dada pelo próprio Felipe Massa em entrevista logo após o encerramento do treino, mas Alonso ganharia uma posição mesmo assim. Pastor Maldonado, que não fez a pesagem obrigatória, foi punido com dez posições no grid. Não adiantou protestar, e assim Alonso foi para sétimo, Raikkonen oitavo, Rosberg nono e Di Resta subiu para décimo. Se Alonso queria uma vantagem, ela veio por colocá-lo no lado mais emborrachado da pista, o que o faria poder repetir a largada de Austin.

São Paulo da garoa

Garoa fina, pista escorregadia, e as luzes vermelhas se apagaram para a grande final. Hamilton e Button não tomaram conhecimento e foram para frente. Massa largou bem e trouxe Alonso com ele, e o espanhol pulou para a terceira posição deixando Webber, Hülkenberg e o prórpio Massa para trás, além de Vettel, que largou com um cuidado muito além do normal. E o enredo começou aumentar em emoção já na curva do lago, onde Vettel, que ainda tentava se posicionar, levou um toque de Bruno Senna na lateral do seu carro e rodou, caindo para a última posição. Sorte de Alonso? Sim, mas pelo que se viu da batida, foi Vettel quem teve sorte por não ficar fora da prova. Neste acidente, Bruno Senna, Sergio Pérez e Pastor Maldonado foram para a churrascaria mais cedo.

Vettel é tocado por Bruno Senna, roda, mas escapa quase ileso do acidente qua poderia lhe ter tirado o tricampeonato.

Outro alemão começou a aparecer forte na prova: Nico Hülkenberg. Depois de assumir a quinta posição, Hulk se aproximou e passou por Webber e ainda se aproveitou de uma escapada de Alonso para assumir a terceira posição. Alonso, ao voltar para a pista depois da escapada, ficou com Webber e Massa colados na Ferrari número 5. E Massa fazia seu papel, ultrapassando Webber, enquanto Vettel abria caminho para uma corrida de recuperação que se fez necessária. A idéia era simples, ou seja, se Vettel largou dos boxes em Abu Dahbi e chegou em terceiro na ocasião, seria fácil se recuperar em Interlagos. Mas no deserto dos Emirados Árabes não chovia como n pista paulista, e qualquer deslize poderia ser derradeiro.

Que o diga Grosjean, que perdeu a traseira da Lotus no mergulho e bateu forte, mas sem conseqüências para ele ou para a prova. Webber também acabou rodando, mas voltou sem problemas. E era incrível a recuperação de Vettel, andando na sétima posição em pouco tempo, apesar de distante dos líderes, Hamilton e Button, que chegaram a trocar de posição por algumas curvas. E a chuva apertou.

Mark Webber e Lewis Hamilton, além de mais alguns pilotos, foram para a troca de pneus e voltaram com pneus intermediários, pois a pista escorregava muito. Alonso e Vettel também, e juntos. Massa ficou na pista, mas perdia terreno para Vettel e não conseguiu segurar o alemão quando este chegou para a ultrapassagem. O brasileiro também foi para os boxes para a troca de pneus lisos pelos intermediários. Mas tinha gente que se arriscava com os slicks, como os líderes Button e Hülkenberg, este último tirando diferença para o inglês. E foi na volta 19 que o alemão da Force India assumiu a liderança depois de uma ultrapassagem corajosa sobre Button. Hulk, que já tinha uma pole em Interlagos no currículo, em 2010 e com a pista nas mesmas condições deste domingo, estava muito sólido na prova e engatilhava uma despedida com o melhor resultado na história da Force India.

Começo de prova excelente dos carros da Ferrari. Para Massa, foi fantástico, mas para Alonso não foi o suficiente.

Choveu mais? Não, secou, para tormento dos engenheiros e delírio do público.

Tinha trilho seco formado, mas escorregava muito ainda fora do mesmo. E voltam os pneus lisos pra quase todo mundo.
A chuva deixava de ser ameaça momentaneamente, mas os detritos das batalhas por posição que ficaram pela pista começaram a fazer algumas vítimas, como Nico Rosberg, que teve um pneu furado logo depois de sair do pit-stop. O diretor de prova chamou então o pessoal da limpeza e colocou o safety-car na pista para um trabalho mais tranqüilo. Enfileirados, Hülkenberg, Button, Hamilton, Alonso, Vettel, Kobayashi, Webber, Di Resta, Ricciardo e Raikkonen eram os dez primeiros, sendo que Alonso era o único com pneus médios entre os ponteiros.

Limpeza encerrada, Hülkenberg faz uma ótima relargada e não dá chances para Button e Hamilton. Já Kobayashi não queria nem saber se o pato era ganso e ultrapassou Vettel, assumindo a quinta posição. Depois, foi pra cima de Alonso e também fez uma ótima ultrapassagem. Já Webber, que nunca foi ilusionista, se especializou em escapadas na corrida e fez a segunda do dia. Mas Hamilton estava obstinado pela vitória e ultrapassou Button.

Era uma troca constante de posições, olho no céu, olho na pista, na posição dos rivais. Nada, absolutamente nada decidido nesta altura da prova. E enquanto há vida, há esperança, não é?

Massa vinha se recuperando bem na prova e chegou em Vettel, fazendo também a ultrapassagem. Teve a chance de segurar o alemão, mas o brasileiro foi pra cima de Kobayashi, que já havia perdido a posição para Alonso, e também fez a ultrapassagem no nipônico. E por falar em ultrapassagem, Raikkonen e Schumacher travaram um duelo quase trocando rodas, com pista escorregadia. Um show de arrojo de ambos, em que o finlandês levou a melhor. Só que Raikkonen foi protagonista também de um lance bizarro. Depois de escapar na curva da Junção, o piloto da Lotus procurou asfalto e encontrou, entrando por uma brecha no guard-rail e saindo no traçado da pista antiga. Foi aí que a câmera onboard mostrou Raikkonen encontrando o trecho sem saída, tendo que retornar todo o trajeto depois de um cavalo-de-pau em um lugar muito estreito. Pegadinha com o finlandês, que conseguiu achar uma “rua sem saída” em Interlagos.

Webber se enrosca com Kobayashi e Di Resta. Apesar de duas escapadas, o australiano terminou em quarto.

Alonso secou, a pista não, e Vettel comemorou

Secou mais? Não, voltou a chover.

Já com a pista úmida novamente, Hülkenberg colocou a roda na faixa branca e perdeu a traseira. Com muita habilidade, conseguiu evitar a rodada, mas não a ultrapassagem de Hamilton, que retomou a liderança mais fácil do que pensava. Só que esta seria exatamente a manobra que custaria a vitória de Hamilton. Isso porque a Force India andava bem em Interlagos e Hülkenberg se aproximou de novo de Hamilton na subida dos boxes e após a entrada dos boxes, abriu e ia fazer a ultrapassagem por dentro, sem problemas. Acontece que a freada teve que ser forte, pois havia uma Caterham na frente, a de Kovalainen, e Hülkenberg acabou escorregando demais e acertando com força o McLaren de Hamilton, tirando o inglês da prova. O alemão ainda continuou na corrida, mas tomou um drive-thru (injusto em meu ponto de vista), e abandonou a disputa pela vitória. Ainda sobre o acidente, foi emocionante ver Hamilton, triste, voltando para os boxes e sendo aplaudido pela equipe. Acabaria por registrar a melhor volta da prova, como consolo.

Hamilton e Hülkenberg na hora H. O acidente dos dois deu a vitória de presente para Button.

Mais uma parada para Vettel e Alonso, porque a chuva apertava e ninguém queria arriscar. Faltando pouco mais de dez voltas, o espanhol era terceiro e ultrapassou Massa, sem dificuldades, para assumir o segundo lugar, mas Vettel era o sétimo, o que ainda lhe dava o título. Alonso tinha que torcer para que Button quebrasse ou errasse, pois a distância era muito grande entre eles.

Para piorar a vida do ferrarista, Schumacher resolveu dar um presente para o compatriota Vettel e praticamente deixou o alemão assumir a sexta colocação, com muita facilidade, bem diferente das brigas que teve com outros pilotos, como com Kobayashi, que voltas depois chegou a rodar na briga com o heptacampeão. Só um milagre daria o título para Alonso. Restavam duas voltas, em que Button ou Vettel poderiam ter um probleminha, mas Di Resta selou o título em favor de Vettel com uma batida forte, faltando duas voltas para o final, que fez com que a prova terminasse sob safety-car e a Fórmula 1 então conheceu o mais jovem tricampeão da história, Sebastian Vettel. Mesmo chegando em sexto, Vettel superou Alonso por três pontos (281 x 278), em uma final eletrizante que, por vezes, lembrou a de 2008 entre Hamilton e Massa.

Schumacher foi combativo como sempre, mas facilitou a vida de Vettel na hora que o compatriota precisou.

Hülkenberg poderia ter vencido a primeira na carreira e na história da Force India, mas acabou com um ótimo quinto lugar, atrás de Webber. Schumacher se despediu da Fórmula 1 com o número sete de novo, não o de títulos, mas da sétima posição na prova, a frente de Vergne, Kobayashi e Raikkonen, que garantiu o terceiro lugar no mundial de pilotos. A Ferrari ficou com o vice de construtores a frente da McLaren.

No pódium, Button comemorou, Alonso se conformou e Massa chorou. Todos foram entrevistados por Nelson Piquet, que foi Nelson Piquet puro com Button, perguntando ao inglês se a felicidade dele era pela vitória ou pela saída de Hamilton da McLaren. Mas o tricampeão dos anos 80 também foi solidário a Alonso, enaltecendo a luta do espanhol e se solidarizando com ele, dizendo já ter passado pela mesma situação antes. Com Massa, Piquet foi carinhoso, e deixou o brasileiro desabafar com a sua torcida e reconhecer o fracasso da primeira metade do campeonato, mas dizendo que o segundo semestre foi apenas um treino para 2013.

Sebastian Vettel entra para o hall dos tricampeões, sendo apenas ele, Juan Manoel Fangio e Michael Schumacher os únicos pilotos que conquistaram três títulos seguidos em toda a história da Fórmula 1. Além deles, Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna (se não esqueci ninguém) formam um seleto grupo de reconhecimento ímpar no automobilismo mundial. Só pra lembrar, Alain Prost tem quatro títulos, Fangio cinco e Schumacher sete.

Massa, no pódium, sendo entrevistado por Nelson Piquet. O brasileiro não segurou a emoção diante da torcida.

Uma despedida de temporada como foi todo o ano, emocionante! Para mim, um prazer imenso poder ter comentado e tentado reproduzir o que foi cada prova aqui neste espaço. Por isso, meu muito obrigado a você que nos acompanhou. E as colunas do ano ainda não acabaram, pois 2012 foi muito grande em tudo e a gente ainda vai voltar com mais assuntos, mais análises, mais conversas, afinal, a sexagenária Fórmula 1 está mais jovem que nunca!

Um grande abraço.

Lauro Vizentim

Lauro Vizentim é Engenheiro Mecânico, trabalha há mais de duas décadas na indústria de automóveis. Gosta de criação, design e de... carros. Quando estes três gostos se juntam em uma corrida, tudo se completa. Acompanha a Fórmula 1 desde criança e colabora com o No Trânsito desde 2009.

8 Responses

  1. Alexandre Pinho says:

    O Alonso merecia….

  2. Alonso merecia muito a vitória, e a Maclaren podia ter dado a liderança ao Alonso, pelo escândalo do passado e tudo o mais. Mas que foi uma temporada fantástica.

  3. Mauricio Mikola says:

    Corrida linda e emocionante, como há muito não se via… Esaa com certeza entra para o hall da fama da F1… Ah, o iceman está vendendo seu gps baratinho, baratinho… hahahaha!!!

  4. O que aconteceu com o Raikkonen foi algo muito engraçado, só faltou se deparar com um flanelinha.

  5. Fernando Marques says:

    Eu que não sou fã de F1, sempre que o Grande Prêmio é aqui no Brasil fico com vontade de assistir. E não poderia ser melhor! Relamente foi um espetáculo, daqueles em que nada estava garantido, previsto. Até os satélites erraram quanto a previsão do tempo.

    Confesso que fiquei feliz que o Hamilton tenha caído fora, principalmente porque estava em 1º lugar. Digamos que foi o nosso troco pelo campeonato vencido do Massa. Logo que o Vettel se envolveu no acidente, no início da prova, pensei que ali era seu fim naquela corrida. Mas ele voltou e rapidamente ficou em 7º! Teve uma hora em que ele ficou sem contato com sua equipe, foi para os boxes e perdeu muito tempo no pitstop. Dalí em diante ele foi FODA-SE MODO ON, começou a atropelar todo mundo e conseguiu vencer o campeonato.

    Não acompanhei o campeonato, porém pude perceber em uma só corrida toda a garra do Vettel em vencer aquele campeonato, por isso eu fico contente que ele tenha ganho.
    Abraço e parabéns mais uma vez pela matéria Lauro! No aguardo do nosso vencedor do BOLÃO!

    • Fala Fernando,

      Senti uma vingança com o Hamilton, mas tudo bem. Apenas acho que quem tirou o título do Massa em 2008 foi a Ferrari, mais ninguém. Mas isso é passado.
      Vettel é um fenômeno, pela garra, pelos números, pela idade. Quando tiver um carro mediano a temporada toda, pode ser que mude, mas a primeira metade desta temporada foi assim e ele ficou ali, somando pontos, discreto, mas atento.
      Valeu pelos elogios e, quanto ao Bolão, já está saindo do forno!
      Um abraço.

  6. Essa foi a melhor corrida que eu já assisti, ainda mais pelo fato de eu estar torcendo pelo Vettel e logo na primeira volta já vi ele ficando pra trás.

    Muita gente disse que o Alonso merecia ganhar o campeonato, eu até concordo, mas acho que o Vettel, pelo menos a partir do GP de Abu Dhabi e especialmente o do Brasil, mereceu a vitória também. Passou por uma grande maré de azar e com muito talento e persistência chegou lá.

    Ele pode até ter o melhor carro da F1, mas pilotar na chuva não depende só do carro, e sim de outras circustâncias…

    Achei engraçado o nervosismo do engenheiro do Vettel, mandando ele diminuir o ritmo por várias vezes e logo em seguida mostrarem as pernas dele tremendo, sem falar no passeio “off-track” do homem de gelo!

    Enfim, excelente texto Lauro, como sempre!
    Abraços!

    • Obrigado Guilherme!

      O Crhistian Horner, chefe de equipe da Red Bull, tem o hábito de ficar chacoalhando o pé o tempo todo. É quase uma marca registrada dele (que é mais novo que eu e isso me dá uma pontinha de inveja, positiva claro). Dizem que o tendão de aquiles dele vai fadigar um dia, e em breve.
      A corrida foi linda, de verdade, com seco, molhado, ultrapassagem dupla, de lado, gente se tocando, um show.
      E o Raikkonen entrou para a história.

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