No Trânsito 10 Anos – Parte II
Antes de mais nada, gostaria de parabenizar o No Trânsito pelos seus 10 anos de vida!
Por Fernando Marques
O meu inicio aqui no site se deu em maio de 2009. Nesses quase oito anos em que eu visto a camisa do site e, desde então comecei a produzir conteúdo para ele, inúmeros colaboradores e frequentadores se tornaram colegas e amigos.
Isso porque, o No Trânsito é um dos poucos sites (ou blogs, como preferirem) que ainda registram e publicam matérias com flagras de carros de luxo feito nas ruas. Com a crescente mídia social, facilidade e popularidade na aquisição de câmera fotográfica e/ou celulares, as visitas ao nosso trabalho continuam em alta. Nos mantivemos fiel a essência do trabalho, que conta com conteúdo próprio e que muito nos orgulha.
Ao rever algo em torno de 250 matérias minhas ou com a co-participação do Guilherme Nascimento, difícil seria selecionar minhas dez melhores fotos ou matérias nesse período.
Entretanto, gostaria de deixar a minha homenagem e agradecimento em três vertentes que eu considero de extrema importância para o meu aprendizado e amadurecimento pessoal e profissional, separadas em, cobertura de eventos e matérias; ensaios fotográficos e experiências todas elas interligadas.
COBERTURA DE EVENTOS E MATÉRIAS
Nesses oito anos de trabalho, sempre que possível gosto de apresentar aos leitores um conteúdo diversificado dos carros importados ou supercarros. Destaco entre eles as coberturas feitas nos eventos de carros antigos e os da cultura Volkswagen no país, ambas em Águas de Lindóia.
Importante também destacar as três grandes coberturas do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo que fizemos, vivenciando todo o espetáculo, desde as coletivas de imprensa, a correria para se fotografar tudo o que encontrasse exposto e claro, levar um conteúdo diferenciado e detalhado de cada montadora a vocês.
Outro evento que muito me orgulha foi o Dream Route, o primeiro rally de supercarros da América Latina onde nós do No Trânsito fizemos com exclusividade a cobertura completa dos quatro dias do evento.
As montadoras Rolls Royce, Ferrari, MINI, dentre outras também nos brindaram com honrosos convites para conhecer seus produtos e, no caso da MINI, testá-los em uma pista.
Por fim, destaco o evento divisor de águas na minha experiência com a fotografia automotiva, o Driver, onde desde 2008 tive diversas experiências e oportunidades para conhecer novas pistas e carros em nosso país.
EXPERIÊNCIAS
E por último, não mais importante, o intuito de todas essas fotos nesses oito anos de trabalho são justamente criar experiências de vida.
Apesar de ser formado em outra área, permanece a vontade de cursar também o jornalismo, ao que de certa forma já trabalho.
Foram muitas vivências, muitas boas, poucas ruins, seja em conhecer lugares, pessoas, testar, comer e beber coisas novas durante esse período.
Que venham mais anos!
Por Lauro Vizentim
Acho que um grande problema em gostar de Fórmula 1 é lidar sempre com o alto preço dos ingressos todos os anos que o circo passa pelo Brasil. Eu sou um desses caras.
Apaixonado pela categoria máxima do automobilismo desde criança, eu sempre tentei uma maneira de conseguir ganhar um ingresso. O que eu fazia? Participava de toda sorte de promoções e concursos que me dessem a oportunidade de chegar perto das máquinas que eu tanto amava e ainda amo.
Em um desses concursos, promovido por uma empresa multinacional de comunicação, premiaria um blog e um de seus leitores. A ação consistia em escrever um texto que obrigatoriamente seria iniciado pelo dono do blog e concluído pelo leitor. Foi aí que meu destino cruzou o caminho do No Trânsito.
Eu e o Guilherme Nascimento, a quem eu chamo de Chefe, nos conhecemos então naquele GP do Brasil de 2009, corrida em que Jenson Button foi campeão mundial. Entre uma conversa e outra, fui falando de como a Fórmula 1 estava presente no meu dia a dia. Falei que escrevia um mini boletim das corridas para os participantes de um “bolão da firma”, que eu mesmo administrava, e que havia começado em 2007 em razão da aposentadoria (a primeira) de Michael Schumacher. Passa o tempo…
Perguntei então ao Guilherme se ele aceitaria que eu enviasse, sem compromisso, alguns dos meus textos, inclusive o do próprio GP do Brasil que assistimos juntos desde os treinos. Ele aceitou e o meu “sem compromisso” virou quase um currículo. Fiz o meu máximo para a época e fui, então, “contratado” com um espaço que eu sempre sonhei para poder entreter, discutir e se divertir com a Fórmula 1.
Nesses quase seis anos e meio de parceria, alguns momentos marcantes.
Primeiro que, falar de Fórmula 1 em uma época em que o Brasil não gozava mais do prestígio de outros anos, e em um site de fotografia automotiva, poderia ser algo que não favorecesse ao site. Além disso, logo nos primeiros meses, eu me deparei com um post sobre drift. Quando comecei a ler os comentários, pude perceber que a maioria apoiava aquela manobra feita em uma rotatória de uma via pública. O que escrever? Ficar indiferente? Apoiar ou reprovar?
Decidi por colocar a minha opinião, dura, e ver o que acontecia, e acho que foi ali que eu criei uma identidade com os leitores.
Sempre fui de dar a minha opinião e, curiosamente, o post mais comentado que eu tive não foi de Fórmula 1. Foi sobre um acidente entre uma Porsche e uma SUV que trafegavam pela madrugada em São Paulo. Promovi o debate, fui duro nas declarações, e foi este, para mim, o momento de solidificação da minha relação com o site. Opiniões das mais diversas foram digitadas e publicadas, mas o grande saldo foi o debate.
Sobre Fórmula 1, fui um pouco mais atrevido no texto. Resolvi “matar” Ayrton Senna de nove, em 2013, contando como poderia ter sido a vida do tricampeão de Fórmula 1 se tivesse sobrevivido ao acidente que fatalmente o vitimou. Na ocasião, sem meias palavras, mostrei de maneira fictícia uma vida menos glamorosa de Senna, o que, claro, me fez ouvir inúmeras críticas, algumas até pesadas. Mas é disso que eu gosto, do debate.
O Guilherme sempre me deu liberdade para escrever o que eu entender como correto, o que é uma decisão corajosa. Como responsável pelo espaço, ele sabe que o meu conteúdo pode ajudar, mas também atrapalhar a relação com os leitores se o texto não for bem recebido.
Já são quase 140 Grandes Prêmios escritos aqui desde 2009. Tive a oportunidade de “cobrir” os quatro títulos de Sebastian Vettel. Pude escrever sobre Schumacher, sobre Rubens Barrichello, falei sobre a morte de Jules Bianchi e de Maria de Villota. Vi equipes morrerem e renascerem, autódromos surgirem e uma legião de pilotos chegar ao final de suas carreiras. Instituímos o Bolão aqui também, para trazer mais diversão aos leitores, e por aí vai.
Me sinto muito honrado em fazer parte deste canal e agradeço ao Guilherme pela oportunidade ímpar que me foi dada lá nas arquibancadas de Interlagos e que dura até hoje. Parabenizo ao site pela primeira década de belos trabalhos, fotos, informação e… Fórmula 1.
Se minha vida é corrida? Claro!
Grande abraço a todos os leitores.
Lauro, Fernando e Guilherme. Falar o que desse trio, sem ser repetitivo?
Imagina então quando unidos a expressão “No Trânsito”. Mais difícil ainda.
Se existe um espaço em que os textos sobre a F1 quase sempre são melhores do que a corrida, estes são os que Lauro escreve. Muitas das vezes, uma corrida chata, nas palavras do Lauro, parece que foram mais emocionantes do que a prova em si.
Coisas de quem sabe lidar com as palavras como um ourives, fazendo do texto algo mais que um conjunto de emoções colocadas no “papel”, mas sim algo que vale a pena ler e refletir sobre.
E as imagens de Fernando em suas diversas coberturas? Como dizem, uma imagem vale mais que mil palavras. E uma cobertura inteira? Quantas palavras valeriam?
Não tendo como não ser repetitivo, vida longa a esse trio! Mais imagens, mais texto, bolão, apostas, e tudo mais que somente o “No Trânsito” é capaz de nos oferecer através de imagens e textos!
Obrigado pelas palavras, Glauco!
Forte abraço!